Outplacement: Um desfecho alternativo

Por Chayene Tassior Marques Gabriel

O ano de 2020 iniciou-se com a chegada de um cenário, do qual advieram inúmeras perdas para milhões de pessoas ao redor de todo o mundo: perdas de vidas, recursos, bens, perda da própria antes conhecida normalidade. Em 2021, seguimos vivenciando os impactos do ano anterior, e especificamente no mundo do trabalho, adentramos a cruel realidade da intensificação do desemprego: a estimativa é de que ainda neste ano, o Brasil atinja a 14ª maior taxa de desemprego do mundo*.

Apesar das infelizes circunstâncias que acompanham um desligamento, esta é uma realidade, e portanto deve ser encarada dentro das condições em que ocorre. Inúmeros são os motivos que levam ao desligamento, desde a necessidade de um corte de gastos a uma má conduta por parte do colaborador.

Independentemente das circunstâncias que levam ao desligamento, este deve ser sempre desenvolvido a partir de uma postura ética e honesta, visando amenizar a tensão gerada por este processo.

Por trás de cada profissional, há – antes de mais nada – um ser humano, dotado de competências, opiniões e emoções. É com base nesta perspectiva que muito se tem discutido acerca da promoção de um RH “humanizado”, o qual considera o sujeito para além de um mero componente de trabalho.

Neste contexto, a realização de um Outplacement em um desligamento surge como uma forma de humanizar este processo, colocando em prática o que o grande inventor Alexander Graham Bell já a muito tempo dizia: “Quando uma porta se fecha, outra se abre”.

Quase que como um conto de fadas da vida real, busca-se providenciar um final feliz para todos: ao ex-colaborador, que tem sua perda amenizada por uma possibilidade de continuidade, e à empresa, que preserva sua imagem e expõe à prática a importância que atribui a seus colaboradores.

O Outplacement constitui-se assim como uma alternativa ao que na maior parte das vezes, caracteriza-se pelo atrito, perda e infelicidade, apresentando um desfecho positivo, humanizado e repleto de novas possibilidades.

*FontePortal G1 Economia (11/04/2021)

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