TEORIA DA BABÁ

Por Raissa Brenner Maas

Gabriel e este tem cinco anos. Você como bom profissional e pai/mãe de família necessita trabalhar, mas não tem com quem deixar seu filho. Gabriel vai à escolinha pela manhã, mas após o meio-dia precisa de supervisão, pois não deve ficar sozinho em casa. Sua família não poderá lhe ajudar e dessa forma você opta em contratar uma babá.

Em sua cabeça você desenha o perfil da “babá perfeita”, ela gosta de crianças, já possui experiência, é dedicada e saberá suprir as necessidades de Gabriel, brincará, fará comida, dará banho, carinho e até amor. Quase parte da família, a babá não pode em hipótese alguma distratar seu filho, desarrumar a casa, deixa seu filho com fome e não deixa-lo se divertir.

Com o perfil ideal, você busca por indicações e pessoas a qual possa confiar, pois seu filho é muito importante para você. Quando contratada, sua babá e Gabriel passaram pela fase de adaptação, que pode ou não dar certo.

Se questionado sobre o motivo da contratação da babá você facilmente saberá dizer que é porque a mesma possui experiência com crianças, gosta de seu filho e tem os requisitos necessários a ocupar essa “vaga”, de forma que por necessitar de uma babá caso lhe indiquem um coordenador financeiro o mesmo não será contratado, não porque este não tenha capacidade, mas porque ele tem o perfil ideal para assumir outra posição, se especializou e tem conhecimento sobre a área.

Agora imagine que Gabriel é uma empresa, você o dono desta e a babá é o candidato que precisará contratar.

Muitas vezes o profissional de RH é mal visto por não aprovar um candidato no processo seletivo.  As empresas desenham o perfil ideal do candidato que pretendem contratar, uma vez que sabem a demanda, cultura e perfil de equipe da empresa. Boa parte das empresas esta preparada a capacitar este profissional, porém não disponibiliza de tempo hábil para ensinar todas as atividades e funções, pois precisa de um profissional que inicialmente ajude no crescimento da empresa.

Quando o RH da um retorno negativo dizendo que seu perfil não esta aderente ao solicitado da empresa, não esta lhe dizendo que não possui capacidade, apenas esta lhe informando que a empresa busca um profissional com qualificações pré-determinadas.

Muitos profissionais se dispõe a aprender ou realizar cursos para assumir a posição, julgando a empresa e o RH por não participar do processo, mas esquece-se que o papel do RH é identificar a pessoa ideal que irá se adaptar da melhor forma na empresa e que esta busca crescer no mercado. O profissional contratado deve ter identificação com a vaga, além de conhecimento.

Buscamos colocar a pessoa certa no local certo para obter resultados positivos para ambas as partes.

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